Somos todos fingidores. Fingimos para os outros, por vezes fingindo para nós próprios primeiro. E todos somos leitores, que lêem sem empatia, sem se relacionarem com as palavras escritas.
Nesta curta-metragem, inspirada pelo poema Autopsicografia de Fernando Pessoa, racionalizamos tudo o que sentimos, deixando por isso mesmo, de sentir. Deixamos de nos entregar sem medos e reservas, de arriscar com sinceridade. Como as crianças.
Pivete
Luzia chega ao Rio com a expectativa de vida nova. Na grande cidade ela também encontra Jasão, seu noivo, ex-vaqueiro, que deixara o Nordeste. Mas esse finge que não a reconhece e Luzia, sozinha, se vê obrigada a aceitar a 'proteção' de Calunga, um desocupado, para quem a vida é uma fascinante aventura sem caráter ou remorso. Esse, depois de usá-la, a deixa nas mãos de Inácio a quem pede que a abrigue temporariamente. Mas o reencontro com Jasão despertará novamente o amor.