Dirceu, 30 anos, personagem com origens que remontam à aristocracia latifundiária do sertão pernambucano. Conformado numa espécie de amnésia subjetiva, ele tenta enterrar o passado de sua família. Ele vive no Recife, uma cidade cuja paisagem sofre um descontrolado processo de transformação, em parte graças ao seu trabalho numa empresa de demolição. Maria compartilha as mesmas origens sertanejas, mas ela usa a cidade para outro propósito. Ela é uma despojada estudante de música com alma de artista. Se Dirceu aspira a um mundo estável e presente, Maria vive em discordância com o presente. Para ela, nada é como deveria ser. A presença de Maria, quase uma aparição, desencadeia em Dirceu a urgência por mudanças. Numa rota de fuga e peregrinação, um encontro singular está marcado para acontecer.
Nascimento enfrenta um novo inimigo: as milícias. Ao bater de frente com o sistema que domina o Rio de Janeiro, ele descobre que o problema é muito maior do que imaginava. E não é só. Ele precisa equilibrar o desafio de pacificar uma cidade ocupada pelo crime com as constantes preocupações com o filho adolescente. Quando o universo pessoal e o profissional de Nascimento se encontram, o resultado é explosivo.
Seu nome é Orlando Carvalho Lopes. Quarentão e solteirão convicto, é filho e neto de políticos tradicionais, mas não tem qualquer experiência política. Suas armas? o nome, porque tem poder, e a família, porque tem tradição de honestidade. Porisso, ele é o pré-candidato ideal para seu partido...