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Sita Valles viveu 26 anos. Nasceu em Angola em 1951 e ali morreu, em 1977, em circunstâncias misteriosas. Estudou Medicina em Lisboa, e foi uma dirigente estudantil carismática e militante do PCP. No Verão de 1975 decidiu voltar a Angola, que considerava o seu país, ligando-se a um grupo de pessoas, mais tarde apelidados de fraccionistas, que questionavam a linha ideológica do MPLA. Acusada de ser uma das cabecilhas da alegada tentativa de golpe de estado de 27 Maio de 77, Sita é perseguida e presa. Rumores indiciam que foi torturada e morreu frente a um pelotão de fuzilamento. Nos dois anos que se seguiram mais de trinta mil pessoas tiveram o mesmo fim, ou passaram anos em cadeias e campos de concentração.
Testemunhos dos sobreviventes, guiam-nos na possível reconstituição da vida e do tempo de Sita Valles, vida que terminou num episódio traumático, de uma violência absurda, e há muito silenciado.
Sound Editor
In what way does contemporaneity look at objectuality, the world of objects and their relations to human beings? Objects are among us, we’re connected to them, they talk; we create them, but we’re also created by them; they affect us, they inhabit our imaginary, they are part of our memory, together with us they create our community. José Bragança de Miranda convenes a peculiar set of objects to this reflexion.