Joãozinho é um jovem angolano, descendente de uma rica família do período colonial. Este rapaz mestiço quer apenas viver a vida, saindo com mulheres, se divertindo com os amigos e gastando seu dinheiro. Embora seja alto executivo do Banco Nacional Angolano, ele desvia os fundos da própria instituição onde trabalha, distribuindo dinheiro aos colegas, militantes pela libertação de Angola. Joãozinho vai preso, mas quando sai da prisão, é acolhido pela sociedade como um herói local.
Lourenço tem 15 anos e é feliz: é o melhor aluno de um dos mais exclusivos colégios particulares de Cascais/Sintra, tem uma banda e é popular entre as raparigas. O pai, Francisco Figueiredo, é um treinador de futebol que começa a construir uma carreira de sucesso e, apesar de treinar uma equipa modesta, qualificou-se para a final da Taça de Portugal. Mas Francisco é um homem de princípios e não quer ganhar a qualquer custo, o que lhe vai sair caro. É despedido do clube e nenhuma outra equipa o contrata. Todos lhe fecham as portas. E mês após mês, o dinheiro vai-se esgotando. Lourenço tem de deixar o Colégio e passa a frequentar uma Escola Secundária oficial cujos alunos são predominantemente da Cova da Moura. Lourenço, ao mesmo tempo que luta para se integrar numa nova e dura realidade, vai também ajudar o Pai a recuperar a dignidade perdida.