Jacinto Pereira Lopes é administrador de um importante grupo económico-financeiro, que o Estado devolveu ao seu antigo proprietário. Enquanto estudante, Jacinto pertenceu a um grupo de jovens universitários dos quais um é agora ministro e outro é um destacado político da oposição. Ambos pretendem que ele os informe das intenções do grande empresário para quem trabalha. Nomeadamente sobre um grande negócio que está a realizar com espanhóis. Dividido, Jacinto tenta resistir às pressões, num ambiente de caos familiar em que a mulher o incentiva a ser ambicioso e o engana com outros homens. Sentindo-se traído e usado por todos, Jacinto decide tomar o destino nas próprias mãos, passando a jogar com as mesmas regras que os outros.
A cidade de Coimbra, a mais complexa das personagens, conta a história. Eu não sou só uma cidade. Eu sou uma estufa, uma reserva natural para estudantes onde eles vivem em plena liberdade. Uma certa manhã de Janeiro chegou um homem. Apaixonou-se por mim e pelas minhas mulheres. Tolo, não percebeu que EU não sou para quem quer, mas para quem pode. E que o amor não abre as minhas velhas portas.