Em sua primeira apresentação, uma cicatriz em sua vida, sua audição é arrancada com o estrondo de um tiro. Orfão de um ouvido e de pai, seu sonho se distancia. O tempo demora ainda mais a passar, tudo que tinha cheiro, gosto e cor, ficou opaco. Ele dorme, não sonha. Acorda, não sonha. Ele não sonha. O tempo passa. Ele volta a tocar com um ouvido só, mas desta vez em uma casa noturna. A falta de relação com as pessoas, a busca incansável pelo aprendizado, pela vontade de nos tornarmos um pouco melhores. Onde as pessoas escutam mas não ouvem, falam mas não conversam.