1907. A Câmara do Porto acaba de ser ganha pelos republicanos, em plena monarquia, a três anos de distância da revolução. As ideias republicanas vão-se impondo e as instituições monárquicas começam a ser abaladas. Porém, a Sociedade Gastronómica de Lisboa resiste e aparentemente é um dos mais sólidos bastiões da monarquia. Mas ventos de mudança sopram dentro das paredes da tradicional e conservadora Sociedade. Um jovem membro, o Dr. Duarte Rodrigues, decide disputar a presidência, ocupada pelo misterioso Prositt, que fez fortuna nas Áfricas. Duarte, afirmando que não quer trair o ilustre presidente, mas como este se encontra algo desgastado e perdidamente deslumbrado com a liderança, consegue de forma ardilosa convencer os outros a convencê-lo a ele próprio, Duarte, a avançar, servindo-lhes para isso, num jantar de tomada de poder, um prato de inesperada excelência e muito original.
É fim do mês e a vida não está fácil para Pedro e Miguel, vendedores ao domicílio de lâmpadas afrodisíacas, cujo negócio anda pelas ruas da amargura desde o aparecimento do Viagra. Fartos de levar com portas na cara, lembram-se de uma solução brilhante: vender o ¿franchising¿ das suas lâmpadas afrodisíacas a empresários brasileiros que acompanham o Presidente do Brasil na sua visita oficial a Portugal.
No Estrela de África, um bairro crioulo dos arredores de Lisboa, um bebé de poucos dias irá sobreviver a várias mortes. Tina, a sua jovem mãe, pega-lhe ao colo e abre o gás. Resgatado pelo pai, ele dormirá nas ruas da cidade alimentado pelo leite da caridade alheia. Por duas vezes, quase será vendido, por desespero, por amor, por quase nada. Mas Tina não se esquece: com a ajuda das suas vizinhas do bairro a vingança aproxima-se...