Guilherme
Senhorinha (Dina Sfat), esposa de Jonas (Rubens Correia), presencia a decadência da estrutura familiar oligárquica. Seu filho Guilherme (Marcos Alvisi), para fugir à paixão que sente por Glória (Lucélia Santos), sua irmã, decide entrar para o seminário. Jonas, como forma de sublimar seu amor por Glória, leva-a para um colégio de freiras. Além disto, ele tira a virgindade das moças da região com a cumplicidade de Ruth (Wanda Lacerda), sua cunhada, que o adora em silêncio. Edmundo (Carlos Gregório), o filho mais velho do casal, se casou com Heloísa, mas, por amar intensamente a mãe, mostra-se impotente na noite de núpcias. Nonô (Gustavo José), o filho caçula, percorre enlouquecido os pastos da fazenda. Ao retornar do seminário, Guilherme decide expulsar Ruth de casa, acusando-a de ter amaldiçoado a família. Já Edmundo, também de volta ao lar, articula com a mãe a morte de Jonas.
"A Fazenda do Catavento parece imersa num passado distante, resistindo às mudanças que as estruturas de um novo tempo impõem. Nela permanecem resquícios de uma época feudal, latifúndio em decomposição, sustentado por relações patriarcais que a velha proprietária - Aurélia - insiste em manter com seus empregados. Um dia, surge na fazenda um homem de nome e origem desconhecidos, à procura de trabalho. Admitido como capataz, José Roberto (esse é o nome com que passam a chamá-lo) começa a se sentir responsável pela introdução de novos elementos naquele universo estagnado. Entre os moradores daquele estranho mundo, Paulo - jovem lavrador, nascido e criado ali - foi o único que se mostrou sensível às estranhas idéias do novo capataz, seu companheiro de quarto. José Roberto começou a se ligar mais profundamente a Paulo, dando-lhe lições diárias, ensinando-o a ler e escrever e preparando-o para uma nova vida.