Um brilhante psiquiatra é aterrorizado por pesadelos nos quais Zé do Caixão tenta roubar sua esposa, escolhendo-a como aquela que irá gerar seu filho perfeito. Desorientados, seus colegas médicos decidem buscar ajuda com o cineasta José Mojica Marins, que tenta fazer o psiquiatra compreender que Zé do Caixão não passa de uma simples criação de sua mente. Usurpado de seu direito de criar e mostrar ao público sua arte por mais de dez anos de sistemática perseguição pela Censura Federal. Mojica decidiu compilar as cenas mais chocantes de seus melhores filmes, para narrar esta história alucinante, através do "restos dos meus próprios restos" - nas palavras do próprio diretor. Mas, o filme não se resume a uma simples colagem, a brilhante edição de Nilcemar Leyart remonta cenas famosas e lhes dá um novo significado. Um trabalho minucioso e artesanal merecidamente reconhecido.
Prophet Finis Hominis escapes from jail and resumes his mission of saving humanity from its moral ruin.
The Nymphomaniac
Um homem completamente nu emerge do mar e caminha tranquilamente pelas ruas da cidade, causando espanto geral e interferindo de várias maneiras em episódios cotidianos, sempre em busca da justiça. Por acaso, evita o rapto de uma criança e a mãe da menina, em reconhecimento, leva-o para casa e lhe dá uma roupa, que ele mesmo escolhe dentre muitas - uma fantasia. Fantasiado, continua sua caminhada pelas ruas, chamando novamente sobre si a atenção de todos que o tomam como um novo Cristo. Assumindo o nome Finis Hominis ("O Fim do Homem" em latim), ele é tido pela população como um messias moderno, capaz de operar milagres.
Um psiquiatra injeta LSD em quatro voluntários para estudar os efeitos do tóxico sob a influência da imagem de Zé do Caixão. O personagem aparece de maneira diferente nos delírios psicodélicos de cada um, misturando sexo, perversão e sadismo. (Extraído de AB-IF/MALDITO, p. 397) (Cinemateca Brasileira)