Self
O filme retrata a trajetória de uma das figuras seminais das artes e do pensamento brasileiro dos últimos 50 anos. Um dos criadores do Tropicalismo, Rogério sempre esteve por trás - e sempre à frente - de tudo que havia de mais moderno e contemporâneo na cultura brasileira nas décadas de 1960 e 1970. É como disse Glauber Rocha a Caetano Veloso, em certa ocasião: Não esqueça, Caetano, que por trás de todos nós está Rogério Duarte.
Himself
O filme traça um rico panorama da Música Popular Brasileira dos anos 60 e 70, através do revolucionário e inovador grupo musical Novos Baianos. Particularmente, trata da influência de João Gilberto sobre os rumos musicais do grupo. Temas como contracultura, carnaval do Brasil, cinema, tropicalismo, ditadura militar, dentre outros, circulam em torno das vivências do grupo, trazendo importantes reflexões para a compreensão da cultura contemporânea no Brasil. Prêmio Especial do Júri e Prêmio do Júri Popular no Festival de Brasília 2009.
O experimental se mescla ao documental. Textos para serem ditos: de prosa e de poesia, de filosofia, escritos pelo próprio cineasta ou por seus escritores prediletos. Pessoas de quem ele gosta, atores com quem convive. Exercícios de som e de fotografia, um pouco de dança e de teatro. Lugares onde mora, na realidade ou na lembrança.
A experimentação artística no Rio durante a década de 1960 culminou na exposição coletiva Apocalipopótese, no parque Aterro do Flamengo do Rio. Documentado num lindo 16mm pelo poeta marginal Raymundo Amado, a exposição incluiu o Ovos de Lygia Pape (Eggs), caixas de pano a partir das quais uma pessoa fechada surgiu; Urnas quentes de Antonio Manuel, caixas de madeira que os participantes abriram para revelar slogans como "Down with the Dictatorship" e "Power to the People"; e o poeta Torquato Neto e o crítico Frederico Morais vestiram as capas de Parangolé de Oiticica. A exposição marcou a passagem da década de 1960 para a década de 1970 no trabalho do grupo de artistas em torno de Clark e Oiticica.