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No Armazém da Renda, a voz grave se destaca das batidas suaves dos bilros. É Dinho Rendeiro. Ainda rapaz pequeno, nos anos 60, ele desafiou regras da vila de pescadores onde nasceu. Meninos iam para alto-mar e herdavam dos pais a lida da pesca. Dinho, escondido, aprendia a rendar com a prima. Foi pra muito longe. Hoje, está de volta ao Pântano e o centro de seu mundo é, enfim, a renda de bilro.
Director
Engraxates, carregadores de malas e outras crianças de 7 a 15 anos de idade conviviam com viajantes da estação ferroviária de Herval d'Oeste no anos de 1950. Para sobreviver, comprar gibis e ir ao cinema, driblar fiscais, policiais e até os próprios pais, inventaram uma língua própria. Hoje, décadas depois,a Larfiagem aparece como memória de seus últimos falantes, agora septuagenários.