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A história de um vampiro marialva que aterrorizava os habitantes duma região montanhosa. O Barão é um camaleão emocional. Ora se apresenta dócil, ou irascível, um homem-javali, “uma pura besta”. Vive um amor aprisionado, dentro e fora de si. Um amor inatingível. Um ideal corrompido. Idalina, criada aristocrata paira pelo castelo...
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Próximo de um neo-realismo onírico, Rio Turvo parte do conto homónimo de Branquinho da Fonseca, onde se acompanha a história de um amor impossível entre um topógrafo anónimo, recém-chegado ao terreno pantanoso onde deverá construir-se um aeroporto – provavelmente, passe o anacronismo ficcional, sublinhando-se o sincronismo histórico, o tão discutido aeroporto da Ota –, e a bela flor do pântano. As intervenções musicais dos operários de construção (os fados de Ricardo Ribeiro e de Manuel João Vieira, as guitarras dos Dead Combo e de José Pracana, a bossa nova do JP Simões e a voz de Teresa Salgueiro) pontuam, socraticamente, esta história de amor e acompanham narrativas paralelas de conspiração e suspeita. O pano de fundo são os medos e uma indiferença trespassante do presente, em que o protagonista tem de decidir se é homem ou macaco, cínico ou cobarde, avançando ao ritmo de um progressivo desprendimento da realidade até um final abrupto, irónico e amargo.
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Maria Helena, 57 years old, lives in the small village of Lourel, on the outskirts of Lisbon. Her days are divided by the several chores imposed by household keeping: floor-washing, bathroom cleaning, doing the laundry. This is the story of a housewife who wished to fly faraway but didn’t, perhaps, as she puts it, because she was born “before time”. She goes through the daily routine with all she has left: memories and songs from another time, from a revolution (April, 1974), that fill in the soundtrack of her world and of her days.