Luciano Raposo

Victor é um cineasta amador que está tentando vender sua câmera para realizar seu casamento, quando um gangster local o obriga a criar uma versão pornográfica de "A Noiva de Frankenstein". Seu amigo Aníbal, viciado em pornografia, decide acompanhá-lo nesta tarefa. A confusão fica ainda maior quando Victor se apaixona pela protagonista do filme, a atriz pornô internacional Ashley Cummings.

Rio de Janeiro, 1945. Paulo é um menino de 8 anos e assiste à comemoração do fim da guerra ao lado do pai, Marco, aviador da FAB, e da mãe, Sofia. O tempo passa e na juventude, a relação entre Paulo e o pai é distante, mas compensada pelo companheirismo de seu inseparável amigo Cabeção e pela grande cumplicidade do avô Noel, que o inicia na animada noite carioca. Inquieto, inseguro, intenso, o rapaz vai questionando cada situação de sua vida, mas, de repente, tudo parece acontecer ao mesmo tempo: uma surpreendente história de amor com Marilyn, uma dançarina sensual e provocante, a deterioração mental de sua mãe, a aproximação com seu pai, e até o envelhecimento do avô. Um dia, vai ser bom olhar para trás e perceber que, apesar de tudo, viveu momentos de suprema felicidade.

Um homem (Antonio Abujamra) fala de um mundo que não mais lhe pertence e que não mais entende. É alguém que caminha da solidão para as trevas. Embora com humor, sarcasmo e permanente ironia fala de perplexidade e desespero. Fragmentado, por vezes dispersivo, esse testemunho de um homem na última meia idade, de boa família, de um bairro nobre, não deixa de ser uma reflexão que diz respeito a todos que moram em SãoPaulo e que freqüentemente é vista como um pesadelo.

Um grupo de estrangeiros sofre acidente de ônibus e se perde em uma remota floresta brasileira. O local é visto como o paraíso, onde jovens jogam futebol, dançam com mulatas e bebem caipirinha. Após uma festa, acordam atordoados em uma praia e percebem que foram roubados. A partir daí, eles se encontram perdidos em uma casa estranha, onde seus piores pesadelos acontecem.

Um médico (Luiz Carlos Vasconcelos) se oferece para realizar um trabalho de prevenção a AIDS no maior presídio da América Latina, o Carandiru. Lá ele convive com a realidade dos cárceres, que inclui violência, superlotação das celas e instalações precárias. Porém, apesar de todos os problemas, o médico logo percebe que os prisioneiros não são figuras demoníacas, existindo dentro da prisão solidariedade, organização e uma grande vontade de viver.