Os caminhos da vida artística de Mário Gusmão, ator negro e baiano, podem se expressar através do diálogo de Calunga, personagem que ele interpretou em O Anjo Negro, de José Umberto: “Meu mar é outro. Por ele passam muitos navios, muitos barcos, muitos peixes e eu vou ter que viajar por cima deles todos. Assim tracei, assim cumpro!”.
Bonfim, um bancário bem sucedido, negro e bissexual, casado com uma mulher branca e de crença evangélica. Ele vive em uma Salvador contemporânea e recebe a incumbência de montar um terreiro de candomblé no espaço urbano. Para isto, enfrentará a especulação imobiliária numa cidade de crescimento vertiginoso, o preconceito racial e a intolerância religiosa. Este homem, embora questione a tradição da própria religião, tem a missão de montar um ambiente sagrado e de respeito à natureza, superando as contradições e conflitos trazidos pela modernidade.
Leandra
Em Pau Brasil, um pequeno e perdido povoado no coração do Brasil, as famílias de Joaquim e Nives moram lado a lado. Apesar de conviverem com a mesma estrutura perversa de opressão social, lidam com a vida de modo radicalmente diferente.