Ao fim de quase quarenta filmes como realizador em pouco mais de dez anos de trabalho, Seijun Suzuki foi despedido da Nikkatsu, lendária produtora japonesa. A causa, este "Koroshi no Rakuin", considerado pela crítica a sua obra prima, mas visto como incompreensível e inaceitável pelo presidente da companhia, Kyusaku Hori. O filme valeu-lhe um circense processo judicial pela luta dos direitos das suas obras. Ao fim de três anos de litígio, Suzuki, mais do que uma vitória merecida, conquistou o estatuto de cineasta de culto no Japão e um despertar das atenções a Ocidente. A década seguinte seria de exílio em trabalhos menores para a televisão.