53.000 anos antes ou depois de ninguém. há três dias o eixo da terra está parado. O sol e a lua habitam o horizonte da terra ao mesmo tempo, alinhados. As vibrações sobre a superfície reduziram consideravelmente, estamos agora muito próximos do marco zero vital. As células das plantas e a hemoglobina humana precisam se encontrar. Só há um momento para a fotossíntese. O horror dos trópicos corroeu todos os olhos. Libertem a partícula condensada de tudo.
Self
Para Onde Voam as Feiticeiras acompanha um grupo de performers LGBTQIA+ em intervenções artísticas no centro de São Paulo. Suas ações são disparadoras de debates sobre desigualdades sociais, preconceitos e vidas marginalizadas, permeados pelas lutas dos movimentos negro, indígena, de ocupações urbanas. Com uma forma híbrida em contínua construção, o filme aposta menos na busca por respostas e mais no diálogo coletivo enquanto método e finalidade. Ele extravasa a circunscrição de bandeiras identitárias, permitindo-se contaminar pela centelha incontrolável de vida que vem do gesto de lançar-se às ruas.
Refugiados recém-chegados ao Brasil dividem com um grupo de sem-tetos um edifício abandonado no centro de São Paulo. A tensão diária causada pela ameaça iminente de despejo revela os dramas, as alegrias e os diferentes pontos de vista dos residentes.