Os espaços são seis: um rochedo, uma montanha, a areia desenhada pelas ondas, o quebra-mar de uma praia do outro lado do oceano, a passarela sob uma ponte que liga uma ilha ao continente, o quarto de uma adolescente. Personagens são três: um homem que está preso num ciclo de vida e morte, um segundo que revisita um lugar onde uma transformação irreversível aconteceu, e uma jovem que está iniciando sua vida de artista. “Oráculo” situa-se entre experimento, método e dispositivo, e convida à contemplação. Particular em sua forma e ritmo, é universal nas lembranças que faz ecoar, comuns a todas as pessoas: família; começos, fins e recomeços; dores e traumas, e desejo intenso de vida e de sentido.
André é uma criança sonâmbula que foge todas as noites de casa para ir se deitar na areia da praia. Sua mãe passa a redobrar a atenção criando uma estratégia para perceber as fugas - uma linha de barbante amarrada entre ela e o filho. Décadas mais tarde, André decide voltar à praia onde dormia na infância.