Ana Rita Barata

Filmes

Poti Pati
Poti Pati é um filme consubstanciado num monólogo que uma personagem tem consigo mesma – ou com o seu duplo – o texto desafia as personagens, aproxima-as, ritmando-o pelo movimento do corpo. A materialidade do tempo, é procurada nos detalhes do espaço e no funcionamento imaginário das máquinas obsoletas. Poti Pati expressa na polissemia do monólogo, na migração das imagens entre quem observa e é observado, um desafio ao espectador-observador cujas referências cinematográficas que são convocadas.
pt.es
Producer
O filme faz uma contagem crescente até à desmistificação de uma ponte que liga e separa um país do outro. Portugal e Espanha, distanciados pelos fragmentos de memórias, imagens, objectos, vozes e ruínas. O tempo esgota-se… Paira a ansiedade da fronteira e a força de acreditar que é possível mudar algumas coisas até no último minuto da nossa travessia. Num mundo de contradições, as desigualdades permanecem, existindo histórias surpreendentes em terras quase esquecidas. Estamos perante um quebra-cabeças organizado num mapa de ideias e lembranças.
Há Tourada na Aldeia
Producer
Uma vez por ano, em Agosto, as aldeias rejuvenescem. É a data em que se realiza uma tourada original, a capeia arraiana. Equipas de muitos homens envergando o forcão, enorme objecto rudimentar feito de madeira, enfrentam e lidam os touros que são trazidos muitas vezes de Espanha. As aldeias competem entre si à procura da “melhor capeia do ano”. A capeia arraiana é uma festa escrupulosamente preparada e tão esperada por aquelas bandas como o Natal. É a capeia que reúne de novo as aldeias e que lhes traz a alegria de outros tempos. Sete aldeias. Sabugal. Beira Alta.
Mergulho
Art Direction
Caídos num mundo aquático, movem-se como pela primeira vez numa atmosfera densa e transparente. Adivinha-se um confiante sufoco, sucedido por movimentos impossíveis de concretizar, uma mobilidade reinventada numa coreografia que corta a respiração. Confrontados com a ideia de medo, a água é o elemento de maior assombro. Submersos, na agitada ilusão do tempo, os corpos nadam tesos e ternos de uma única vontade respirar a sua liberdade.
Elogio ao ½
Producer
Tudo pode acontecer quando se está numa aldeia que fica entre a linha do comboio que nos leva à cidade de Lagos e a praia. Meia-Praia é nome e berço de uns “índios” que espontâneamente foram construindo as suas palhotas de refúgio para sobreviverem ao sonho dourado que Lagos não conseguiu cumprir. Com o 25 Abril foi desenvolvido um plano arquitectónico, intitulado s.a.a.l.. Pretendia.se então requalificar urbanisticamente o conjunto de palhotas, transformando-as em casas construídas pelos próprios habitantes orientados por arquitectos e técnicos especializados.