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Neste filme inspirado no legado do poeta espanhol Federico García Lorca, uma andarilha (interpretada com maestria por Helena Ignez) deambula pelas ruas da metrópole paulistana. Ela opera um mecanismo misterioso, uma câmara escura que abriga metáforas, o que permite toda sorte de encontros entre sujeitos e mundos, reais ou fabulados. Evocando o quadro de Salvador Dalí que o intitula, o longa toma a liberdade dos versos de Lorca como centelha para sentir o Brasil de hoje, entre manifestações reacionárias e o cotidiano numa aldeia Guarani, em todas as suas potências e contradições.